Sem dizer explicitamente teu nome.

Posted in Não categorizado on 08/12/2011 by adrianatribal
 
 
Sinto tua falta de um jeito diferente.
Assim como quem percebe uma ausência.
Mas gosto das coisas como estão.
Não me cabe mais tua presença.
É só que sobra esse espaço, que antes era ocupado por ti.
Mas hoje outras coisas crescem…
Tenho alegrias urgentes e uma maturidade para encontrar.
Ando me ocupando com vida, e não mais com memórias.
E aconteceu assim: sem que eu nem bem notasse.
É como as coisas importantes acontecem.
Agora é só de vez em quando que percebo essa falta.
E o que parecia ser tanto, hoje é tão menos.
Não sei se fui eu que cresci ou você que encolheu.
Talvez as duas coisas.

Comum de dois.

Posted in Dos desvarios. on 17/10/2011 by adrianatribal

“Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.”

Arthur da Távola..

Peito vazio.

Posted in Dos desvarios. on 21/08/2011 by adrianatribal

 

 

“Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio”

(Cartola)

É.

Posted in Não categorizado on 15/08/2011 by adrianatribal

 

 
“Só sei viver um amor se antes passar pela cegueira da paixão. Não entregaria minha vida a outro de caso pensado, sou defendida e controladora demais. […] Ou seja, pelo intelecto a coisa não vai. Só mesmo a paixão, que é do reino da loucura, me põe entregue e besta, com as patas arriadas no chão. E eis a contradição outra vez: nada me descansa mais que um amor insensato – quanta paz e conforto há naquele punhado de instantes em que se vislumbra o paraíso!”

Sobre as cheias.

Posted in Dos desvarios. on 27/07/2011 by adrianatribal

‎:
Não caibo em mim
como em si cabem os tímidos, os covardes,
os mesquinhos…
eu transbordo por todos os poros,
eu salto pelos olhos
e vôo com os passarinhos

sair de si é o primeiro gesto
em direção à Vida

(Dele)

Sobre a saudade.

Posted in Saúde e bem-estar on 17/06/2011 by adrianatribal

 

 

A sala está vazia se sente o cheiro do vazio e abandono
o eco do vazio é a musica constante deste lugar agora
a saudade é o seu poema, fala de amizade e de esperança
tiro o pó destes moveis parados e inertes esperando que voltem
sorriam e dancem valsas, tangos e porque não o hino à alegria
voltem por favor nem que seja pra dizer bom dia!….

(Lina Belo, a princesa)

 

Destino.

Posted in Dos desvarios. on 25/05/2011 by adrianatribal

“Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem a sensação de que sempre esteve aqui, quando eu sei que não estava. Conta por que nada do que diz sobre você me parece novidade, como se eu estivesse lá, nos lugares que relembra, quando eu sei que não estive. Conta onde nasce essa familiaridade toda com os seus olhos. Onde nasce a facilidade para ouvir a música de cada um dos seus sorrisos. Onde nasce essa compreensão das coisas que revela quando cala. Conta de onde vem a intuição da sua existência tanto tempo antes de nos encontrarmos.
Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem essa repentina admiração tão perene. De onde vem o sentimento de que nossas almas dialogavam muito antes dos nossos olhos se tocarem. Conta por que tudo o que é precioso no seu mundo me parece que já era também no meu. De onde vem esse bem-querer assim tão fácil, assim tão fluido, assim tão puro. Conta de onde vem essa certeza de que, de alguma maneira, a minha vida e a sua seguirão próximas, como eu sinto que nunca deixaram de estar.”

(Ana Jácomo)

Unidade.

Posted in Dos desvarios. on 22/05/2011 by adrianatribal

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

Só a lua…

Posted in Dos desvarios. on 10/05/2011 by adrianatribal

Linha de luz nos olhos fechados, despertar ao beijo do Sol. Ela sorri, Lua mansa e outonal, Crescente arco a flutuar pelos dias e noites de cores raras. Mistério há e não há, sejam brotos do plantio, sejam imprevisíveis. Posto e exposto está, porém, grau a grau até se fazer Cheia. Hipnótica, cai quem quiser em suas cantigas de autoenganar, ondulações do véu de Maya. Posto e exposto está, clara aclara. Lua caçadora, pauta os passos para quem empreende artes e ofícios, alimenta os seus. Generosa, compartilhará feitos, reflexos e efeitos na tela do céu. Exigente, doará tempo e espaço a quem quer dar o seu melhor, mas anotará os débitos no ponto mais alto do quadro. Lua das escolhas, costureira das colheitas. No bojo dos eventos, no cadinho do alquimista, o caminhante reorienta seu navegar e imprime suas estrelas no mapa do chão.    

(Amanda Costa)

En_cante

Posted in Dos desvarios. on 29/04/2011 by adrianatribal

Me encante da maneira que você

quiser, como você souber.

Me encante, para que eu possa me dar…

Mas, me encante de verdade, com vontade…

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,

e prometo te encantar por todos os dias…

Pelo resto das nossas vidas!

(Pablo Neruda)